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Cuiabá, 06 de Fevereiro de 2025.

Variedade Domingo, 31 de Março de 2024, 00:33 - A | A

Domingo, 31 de Março de 2024, 00h:33 - A | A

Síndrome de boazinha

Quando a necessidade de agradar o outro se torna um problema

Esta condição, caracterizada pela necessidade excessiva de agradar os outros, pode ser mais do que apenas uma simples busca por aprovação - pode se tornar um padrão comportamental problemático.

Divulgação

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Você conhece alguém que sempre faz de tudo para agradar as outras pessoas e pra issso não mede esforços, para ser aceita, se a resposta for sim, saiba que isso é tem nome e é classificada na psicologia como a Sindrome da Boazinha. 

Nos meandros complexos da psicologia humana, há um fenômeno que muitos podem subestimar, mas que pode ter um impacto profundo na vida das pessoas: a Síndrome da Boazinha. Esta condição, caracterizada pela necessidade excessiva de agradar os outros, pode ser mais do que apenas uma simples busca por aprovação - pode se tornar um padrão comportamental problemático.

Segundo especialistas, como o psicólogo Filipe Colombini, a Síndrome da Boazinha não é classificada como um transtorno psiquiátrico, mas sim como um comportamento compulsivo que pode afetar indivíduos que têm dificuldade em estabelecer limites saudáveis e priorizar suas próprias necessidades.

"Essas pessoas muitas vezes se encontram em um ciclo em que não conseguem desapontar os outros", explica Colombini. "Elas têm uma necessidade intensa de aprovação e evitam a rejeição a todo custo, muitas vezes sacrificando seus próprios sentimentos e valores para obter validação e atenção dos outros."

O padrão de comportamento da Síndrome da Boazinha pode ser mais prevalente em mulheres, embora também afete homens. Geralmente, aqueles que desenvolvem esse padrão enfrentam desafios associados à autoestima e ao autoconhecimento.

"É comum encontrar uma autoestima subdesenvolvida e uma dependência emocional subjacente", observa Colombini. "Isso pode resultar em dificuldades para lidar com uma variedade de situações sociais e relacionais, o que por sua vez perpetua o ciclo da necessidade de agradar."

Os danos emocionais causados por essa síndrome podem ser significativos. Além de uma autoestima prejudicada, indivíduos que sofrem desse comportamento compulsivo correm maior risco de desenvolver ansiedade, depressão e outros transtornos mentais.

Além disso, a Síndrome da Boazinha pode tornar as pessoas vulneráveis a relacionamentos abusivos e manipuladores. A necessidade desesperada de aprovação pode fazer com que se submetam a situações prejudiciais, temendo perder o afeto ou a atenção dos outros.

"É importante entender que o simples ato de ser prestativo não é necessariamente um sinal da Síndrome da Boazinha", ressalta Colombini. "Quando uma pessoa age em conformidade com seus valores e oferece ajuda de forma voluntária, sem comprometer suas próprias vontades, está tudo bem."

No entanto, para aqueles que reconhecem os sinais da Síndrome da Boazinha em si mesmos ou em outros, buscar ajuda profissional é fundamental. O tratamento pode envolver uma combinação de terapia psicológica e, em alguns casos, intervenção psiquiátrica, para abordar questões subjacentes de autoestima, autoconhecimento e estabelecimento de limites saudáveis.

Em última análise, superar a Síndrome da Boazinha requer coragem, auto-reflexão e um compromisso com o crescimento pessoal. Ao enfrentar esse desafio de frente, os indivíduos podem criar vidas mais equilibradas, gratificantes e autênticas.




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