A Misofonia, ou Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons, é a aversão a sons bem específicos, de volume baixo e repetitivos.
Ela representa um problema novo, que só recebeu nome no ano 2000. Os sintomas começam na infância ou na adolescência. Como os pais não entendem, esses jovens são considerados anti-sociais, chatos e ranzinzas. Isso parece frescura, mas não é!
Misofonia provoca nas pessoas:
1 - uma reação emocional negativa (raiva, ódio, irritabilidade, nojo) que é forte, rápida, incontrolável e desproporcional quando esses sons estão presentes. Ex: sons feitos com a boca (mastigar e deglutir alimentos, mascar chiclete, tossir, pigarrear, estalar lábios, assoviar, tomar sopa), com o nariz (respiração ruidosa ou ofegante, soar o nariz, roncar), e com as mãos e os pés (digitar, clicar caneta, usar talheres, tamborilar, mexer chaves, abrir papel de bala/pipoca, arrastar chinelo, andar de salto alto). Algumas vezes, latidos, miados e pios também incomodam bastante.
2 - dificuldade de relacionamento familiar, profissional e social, que resultam em isolamento da pessoa.
A Misofonia faz parte da quadrilha do ouvido
Um lado interessante da Misofonia, que é a aversão a sons baixos e repetitivos, é que ela faz parte da QUADRILHA do ouvido, ou seja, ela raramente aparece sozinha. Conheça esses acompanhantes:
- hiperacusia: é o incômodo com o VOLUME dos sons (ex: TV, música, vozes etc).
- fonofobia: é o MEDO de se expor a sons porque se podem prejudicar os ouvidos.
- zumbido: é o som do SILÊNCIO, que algumas pessoas percebem antes de dormir ou o dia todo
Nossa pesquisa de 2016 mostrou que as pessoas com Misofonia também apresentaram, na opinião delas, os seguintes problemas (em ordem decrescente): ansiedade, zumbido, transtorno obsessivo compulsivo, hiperacusia e perda auditiva.
Existe uma tendência de rotular a Misofonia como um problema psiquiatrico, mas nós discordamos por causa da quadrilha do ouvido.
A Misofonia é genética?
Conhecemos uma família interessantíssima para pensar sobre a hereditariedade da Misofonia!
Durante a consulta médica, uma paciente com misofonia me contou que as 3 irmãs tinham o mesmo incômodo com sons. Para nossa surpresa, quando as contatamos para nossa pesquisa de 2015, elas também indicaram outros familiares. No total, obtivemos informações de 15 pessoas dessa família, distribuídos em 3 gerações, que tinham sintomas parecidos de aversão a sons!
Vejam a árvore genealógica da família nas 3 gerações (quadrados = homens, círculos = mulheres, pretos = com msofonia, brancos = sem misofonia)
A idade atual dos familiares com Misofonia varia de 9 a 73 anos (média 38.3) e 10 são mulheres (66.6%). Quase todos começaram os sintomas na infância ou na adolescência.
Então, ela é ou não é hereditária? Conhecer essa família nos ajudou muito a entender que a misofonia pode ser genética, sim, mas novas pesquisa são necessárias porque ainda não dá para descartar que ela pode ser “aprendida” pela convivência dos filhos com os pais afetados.
Portanto, precisamos prestar mais atenção aos jovens de nossas vidas, sejam eles nossos filhos, netos, sobrinhos ou alunos!
A Misofonia “rouba” a atenção seletiva
Já falamos que a Misofonia é a aversão a determinados sons de volume baixo e repetitivos.
Há anos nós nos perguntamos POR QUE esses sons baixos incomodam, e não os altos, como as músicas de shows e baladas, as buzinas do trânsito ou as vozes nas praças de alimentação?
Vários pacientes responderam que esses sons:
- parecem falta de educação, por isso eles nunca fariam isso: esse pensamento combina com a raiva sentida ao ouvir os sons de mastigar de boca aberta, de fazer barulho quando toma sopa, de vizinha andando de salto alto etc
- provocam nojo: isso combina especialmente com os sons de soar o nariz, tossir e pigarrear
- roubam a atenção quando eles precisam se concentrar: para checar isso, pesquisamos alguns voluntários em 2016/2017 para avaliar a atenção seletiva deles em silêncio e durante o som de mastigação de maçã. Participaram 40 pessoas (10 com Misofonia, 10 com Zumbido e 20 sem misofonia e sem zumbido). No teste de atenção feito no silêncio, os 3 grupos tiveram resultados semelhantes. No teste feito com a adição do som da mastigação, as pessoas com misofonia tiveram uma porcentagem de acertos bem menor do que as dos outros 2 grupos. Algumas delas até se sentiram mal, com taquicardia e sudorese ao ouvir o som.
Assim, concluímos que os motivos da seletividade dos sons que incomodam são variados e que existe um prejuízo importante da atenção em pessoas com misofonia quando esses sons aparecem.
Por isso, precisamos ter mais empatia com essas pessoas e monitorar os sons desnecessários que nós mesmos fazemos!
O que acontece nos ouvidos e no cérebro de quem tem Misofonia?
Todos os sons que nós ouvimos são conduzidos até o cérebro para serem analisados e entendidos. Eles passam por várias estações até chegarem no córtex auditivo, que é a região final desse caminho.
Como a Misofonia é um problema descoberto recentemente, várias pesquisas estão sendo feitas para mais descobertas. Por enquanto, sabe-se que nas pessoas com Misofonia, duas áreas cerebrais estão mais ativadas durante a passagem dos sons que são feitos com a boca, nariz, mãos e pés (listados no Post 1 desta série). São elas:
1 - o sistema límbido, que é o centro das emoções e fica entre o meio e a lateral do cérebro
2 - o córtex pré-frontal, que é o centro da atenção e fica na parte da frente do cérebro
Assim, essas conexões cerebrais super ativadas podem provocar o reflexo imediato da reação negativa forte e desproporcional com esses sons, além de fazer com que eles não consigam se concentrar naquilo que precisam fazer porque prestam mais atenção aos sons que são irrelevantes e não conseguem ignorá-los como as outras pessoas conseguem.
A Misofonia e as principais linhas de tratamento
Como já reforçamos, a Misofonia é um problema descoberto recentemente e muitas pesquisas ainda precisam ser feitas. Até o momento, as principais linhas de tratamento realizadas são:
1 - estimulação sonora, em geral com sons baixos, leves e estáveis que podem mudar aquela super ativação do centro das emoções (sistema límbico) e do centro da atenção (córtex pré-frontal), como explicado no Post 5/7.
2 - medicamentos: como a Misofonia faz parte da quadrilha do ouvido, nós, otorrinolaringologistas, estamos observando o efeito de alguns medicamentos que são usados para zumbido e hiperacusia, que são dois outros sintomas concomitantes que envolvem ouvidos e cérebro. Alguns psiquiatras usam medicamentos para os sintomas coadjuvantes como ansiedade, fobia e transtorno obsessivo-compulsivo.
3 - mudanças comportamentais: podem ser feitas por meio de terapia cognitiva comportamental, aliada ou não ao neurofeedback (técnica de treinamento e monitoração da atenção) e à meditação.
A Ciência e a prática clínica estão sempre avançando, por isso precisamos adotar as técnicas de tratamento que já estão disponíveis atualmente, mesmo que elas ainda não sejam capazes de melhorar 100% das pessoas. Tentar sempre vale a pena e é melhor do que não fazer nada, certo?!
O que há de esperança para quem tem Misofonia?
Há anos nós estudamos pessoas com sintomas pouco valorizados pela Medicina, como Misofonia, Zumbido e Hiperacusia. Ver pessoas que sofrem e não sabem o que fazer nem onde procurar ajuda mexe com a gente! Por isso criamos algumas medidas que podem ser feitas por todos, independente de morar perto ou longe de um centro avançado.
Uma de nossas iniciativas foi o SOS Misofonia, que é uma maneira anônima, simples e elegante de avisar as pessoas ao seu redor que os sons que elas produzem podem ser irritantes. Quem envia o email fica anônimo, escolhe os sons que o incomodam e que gostaria que as pessoas soubessem. Quem recebe o email vai ler várias informações sobre misofonia, incluindo os sons que foram escolhidos por quem enviou. Veja o link http://misofonia.com.br/misofonia-2/ e use à vontade para ajudar as pessoas a entenderem melhor esse problema.
Também criamos o Novembro Laranja em 2006, que é uma campanha inicialmente direcionada apenas para o zumbido, mas que abraçou a Misofonia em 2017 para ajudar a divulgar essa quadrilha do ouvido!
Outras ações louváveis foram realizadas por pessoas que sofrem com Misofonia e estão ajudando milhares de pessoas. São elas:
1 - o grupo Misofonia em Português que já conta com mais de 4000 pessoas;
2 - a recém criada Associação Virtual Brasileira de Misofonia, que também está empenhadíssima em divulgar o assunto e buscar soluções; e
3 - o Instituto Ganz Sanches criou o canal TV Misofonia.
Com o passar do tempo, temos certeza de que a Misofonia será um problema mais conhecido, mais investigado e tratado com mais sucesso. Que venha o futuro!
Sobre a especialista
Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez: Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP, Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez, criadora da Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido (Novembro Laranja), do Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido, da TV Zumbido e do curso online ABC...z do Zumbido. Assumiu a missão de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias. É especialista em Zumbido, Hiperacusia, Misofonia e Distúrbios do Sono.
bah 20/12/2020
comecei a notar esse problema por volta dos 10 anos, quando comecei a estudar ao lado da minha mãe e não suportava o barulho dela engolindo água, me estressava a ponto de ir estudar em outro comodo da casa, bem longe de ouvir esses barulhos. Isso se persiste até hoje, tenho quase 14 anos...ninguém se importa quando falo sobre o assunto, apenas dizem "para de frescura" "chatisse"! Já não consigo mais ter uma refeição em família sem me irritar, o barulho de comida, dentes batendo, engolindo alguma coisa, conversas "gritadas" me incomodam muito, e me faz sem perceber ser grossa! Opto então por me isolar, ando pela casa de fone, a unica solução que achei!
ammd 20/10/2020
eu divido quarto com minha irmã e é insuportavel, ela se mexendo na cama, ela fazendo barulho com a boca, ela fazendo barulho comendo, com pacote de salgadinho, geladinho, eu tento me concentrar e simplesmente não consigo, eu desisto de tudo e rapidamente começo a chorar, hoje ela estava lixando a unha e eu só comecei a chorar sem parar, e fiquei com muita raiva, ela viu que eu tava chorando e continuou lixando, eu não aguento mais, eu não fico com raiva em publico ou em outro lugar alem do meu quarto, por isso não sei se é misofonia, eu imitava os barulhos dela pra ela ver como isso irritava e ela imitava pior ainda, isso estraga meus dias e é só mais um dia da minha vida jogado no lixo, eu queria e senti muita vontade de bater nela (eu tambem sou menina só pra avisar) mas temos 8 anos de diferença ela é mais velha
Amanda Dantas 13/10/2020
Tenho 38 anos e sofro com isso desde a adolescência. Sabe quando parece que tudo te irrita? Mas aos poucos fui identificando que o que me irrita são os barulhos repetitivos. Sofri muito na faculdade tudo tirava a minha atenção, o tic tic da caneta de apertar, mascar chiclete e fazer bolinhas repetidamente, fungação do nariz escorrendo, pessoas cantando o tempo todo. Fora no dia dia com os barulhos de televisão muito alta do vizinho, funk do carro com som, ronco, arrastar chinelo ao andar, balançar a perna, esfregar os pés, chupar os dentes ( para limpar), batuque na mesa, entre outros. Muitas vezes eu me retirava dos lugares, pedia para as pessoas pararem sendo tachada de cri cri, mas para mim era tão insuportável que eu chorava de raiva, meu coração acelera e eu perco completamente a paciência caso eu não consiga fugir do barulho. Passei anos da minha vida achando que eu era uma pessoa chata demais e como dizem muitos cheia de frescuras. Somente no ano passado que pesquisando na internet descobri sobre a a Misofonia, confesso que senti um certo alívio de saber que não sou a única e que realmente isso é uma síndrome que está sendo estudada. O que eu digo para algumas pessoas que convivo é que o que eu mais queria nessa vida era me libertar disso, pq só quem tem sabe o sofrimento que é.
Thaís Aline 19/07/2020
Tenho 23 anos, acredito que desde os 10 anos percebi que alguma coisa de errado tinha! Eu perco o controle à ponto de chorar de ódio com ronco, pessoa chupando o dente (pra limpar resto de comida entre os dentes, que além de nojento é falta de educação), pessoas assoviando sem parar, forçando a voz pra cantar no tom da música. Eu sofro muito e infelizmente minha família não entende e acredita ser frescura. Já me exclui muito e isso me machuca demais ????
Allan Assis 24/06/2020
As pessoas me chamam de chato e as vezes de insuportável.. antes nem ligava mas, ultimamente fico triste com essas declarações. Os últimos 10 anos morei em São Paulo; parando pra pensar no assunto foi onde mais sofri, fones de ouvido eram (são) ESSENCIAIS na minha vida, quando esquecia era uma tortura meu deslocamento, por vezes tive que trocar de vagão no metrô e até descer do ônibus. Os sons que mais me irritam: anel (aliança) batendo em metal (barra), gente falando ao celular, cochichos, estalar de caneta, batucar na mesa, pessoa bebendo água a minha aflição é tanta que eu peço pra segurar o copo antes que o engula junto, arrastar chinelo, determinados sons de comida, é uma loucura eu ouço torneira pingando de dentro do quarto, mas o pior de todos é ... BATER TALHER EM PRATO. Recentemente eu cheguei na casa de uma tia e eles estavam almoçando.. que tortura, sentei fiquei quietinho.. meus olhos encheram d`água e eu não podia falar nada e nem sair. Agora mesmo minha mãe estava na sala comendo eu precisei fechar a porta colocar fone e música.. o coração achei que ia sair pela boca. Pois é... já achei que fosse frescura, mania minha.. mas, não é não.
elle 18/06/2020
oiie! tenho 15 anos e já tenho sérios problemas com isso, tudo começou acho q ano retrasado, eu não SUPORTO barulhos pequenos, como, mastigar, o barulho de vídeos ou meu pai digitando no celular, os talheres batendo no prato, eu dou graças a deus quando fico sozinha em casa pq parece o único momento q tenho paz sabe? só q eu odeio sentir isso, pq me desconcentra mt, principalmente na sala de aula, quando estamos em prova e todos ficam em silêncio, SEMPRE tem um q está doente e fica naquele funga funga q entra na tua cabeça, as vezes eu até tenho um mini ataque, começo a balançar a cabeça, o botar a cabeça embaixo do travesseiro, mas uma vez q vc escutou não para mais, uma pena q n tenha cura isso, mas eu vou tentar comprar protetores de ouvido, aqueles q vão dentro do canal, vamos ver se melhora, aq foi meio q meu desabafo já q ngm acredita em mim, bjos
Camille Cristina 12/06/2020
Eu sempre tive essa irritabilidade com sons incessantes. Meio que irrito todos por.causa do meu incômodo. Eu reclamo logo. A irritação é extrema
Renata 05/06/2020
Me chamo Renata, tenho 33 anos. Tenho sérios problemas com sons repetitivos, os piores são goteiras e o tic tac do relógio, isso simplesmente acaba com a minha atenção a qualquer coisa e me irrita de tal maneira que nem sei explicar. Desde criança, quando tinha um relógio na parede, e eu chorava de ter que ouvir ele batendo, mas sempre e até hoje, dizem que é besteira. Goteiras... Pós chuva por exemplo, é um terror, faço o que posso pra não ouvir.. dormir com sons assim é impossível!
Ana Nogueira 25/04/2020
Sempre odiei barulhos repetitivos, mesmo longos como mantras ou a reza do terço. Há algumas semanas começaram a jogar frescobol perto da minha casa. São quatro, cinco horas de jogo. Estou enlouquecendo. Onde posso obter um diagnóstico para solicitar que eles joguem em outro lugar.
Ana Nogueira 25/04/2020
Sempre odiei bqrulhos repetitivos, mesmo longos como mantras ou a reza do terço. Há algumas semanas começaram a jogar frescobol perto da minha casa. São quatro, cinco horas de jogo. Estou enlouquecendo. Onde posso obter um diagnóstico para solicitar que eles joguem em outro lugar.
Ana Nogueira 25/04/2020
Sempre odiei bqrulhos repetitivos, mesmo longos como mantras ou a reza do terço. Há algumas semanas começaram a jogar frescobol perto da minha casa. São quatro, cinco horas de jogo. Estou enlouquecendo. Onde posso obter um diagnóstico para solicitar que eles joguem em outro lugar.
Meiry 02/03/2020
Tenho 17 anos e desde 08 anos(de idade) percebia que algo estava errado comigo, mas sempre alertava meus pais e obviamente não se passava de "FRESCURA, BESTEIRA" mas é algo tão agoniante, não sei vocês, mas quando escuto meu pai ou qualquer outra pessoa comer, movimentos repetitivos, respiração, palavras repetitivas e sussurradas, me dá RAIVA, tudo me irrita, é horrível, nunca consegui tratamento por que ninguém acredita em mim! tendo esse tipo de problema, faz com que atrapalhe tudo na minha vida, pois sou uma garota que não gosto de pedir para pararem de fazer algo, eu simplesmente me retiro e estou cansada de comer trancada no quarto e não ir para algum evento familiar... Fico bastante chateada , pois ninguém me entende e nem cooperam para que eu possa me controlar!
Carine Barreto Da Silva 17/10/2019
Não suporto barulhos altos, Fico muito irritada q chega da palpitação e calorão. Voz alta, roncos, da pessoa ficar se mexendo sem parar, mastigando, risadas, sou considerada como grossa.
EDUARDO DA COSTA SILVA 10/09/2019
CRESCI COM IRRITABILIDADE AO ARRASTO DE PÉS EM DETERMINADOS TIPOS DE PISOS,QUE ME CAUSA,MUITO DESCONFORTO,RAIVA ,NOJO ,FICO ARREPIADO,HOJE UM POUCO MENOS DO QUE NA INFÂNCIA,ME ISOLEI EM SALA DE AULA E DEMOREI PARA CONSEGUIR INTERAGIR COM OUTRAS CRIANÇAS,HOJE TENHO 28 ANOS E AINDA SINTO EM MENOR INTENSIDADE ESSAS SENSAÇÕES.
Cristina Sartori 13/08/2019
Sofro muito minha filha usa muletas teve câncer no fêmur e parece que as muletas dão eco dentro do meu cérebro. Ela não pode comer ao meu lado. Precisamos de ajuda. Somos só nós. Ela é adolescente. Tudo me irrita...
Helena Marinho 16/09/2018
Eu me irrito muito com som de mastigação, raspar o prato quando está comendo, ventilador ligado(evito ao máximo de liga-lo no verao), buzina, escovação de dentes. Quando posso, saio de perto da pessoa que está fazendo o barulho para não brigar com ela. Me sinto nestas horas como se fosse um ogro.????
DEISE CAPECE 15/08/2018
Sofri a minha vida inteira (tenho 52 anos) e tenho o rótulo de intolerante. Os piores barulhos são os de pessoas comendo, mas no ambiente de trabalho, teclado e canetas tiram minha concentração facilmente. O que mais me machuca é que eu tenho tanto amor e não consigo controlar a raiva que às vezes sinto. Não consigo fazer uma refeição com meu pai, que come de boca aberta e usa dentadura. Já fiz terapia, mas após um tempo os sintomas voltam. Estou cansada de usar fone e de me isolar. Hoje medito bastante e isso me alivia muito, mas tenho medo dos encontros familiares e queria não parecer que sou um monstro.
17 comentários