O Brasil enfrenta um surto expressivo de dengue, com mais de 500 mil casos registrados neste ano, conforme dados atualizados pelo Ministério da Saúde. Esses números incluem tanto os casos confirmados quanto os em investigação, desde janeiro até 12 de fevereiro. Diante desse cenário desafiador, é imperativo concentrar atenção especial nas tentantes, que enfrentam riscos adicionais, e buscar estratégias eficazes para conter a propagação da doença.
Nesse contexto, a médica Claudia Navarro, especialista em reprodução assistida, compartilha orientações valiosas para que as futuras mães estejam plenamente informadas. Essas medidas visam proporcionar uma gestação mais tranquila, saudável e minimizar os riscos associados à dengue.
Com o aumento dos casos de dengue, quais são as principais medidas preventivas sugeridas para as tentantes?
Em primeiro lugar, é crucial que as tentantes adotem medidas preventivas sólidas. O uso moderado de repelentes é fundamental, juntamente com a escolha de roupas leves que cubram bem o corpo. Além disso, a manutenção de ambientes livres de criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada, é extremamente importante. Recomendo também evitar viagens para áreas com alta incidência de dengue, se possível.
Em relação aos comportamentos, existem atitudes específicas que as tentantes devem evitar para reduzir os riscos de contrair a dengue?
Certamente. Evitar áreas com alta incidência de mosquitos, como locais com acúmulo de água parada. Além disso, recomendo que elas evitem exposições prolongadas ao ar livre, quando possível, durante os períodos de maior atividade do mosquito, ao amanhecer e ao entardecer.
Muitas tentantes têm dúvidas sobre a vacinação contra a dengue. Qual é a orientação em relação à vacina?
Atualmente, a vacina contra a dengue não é recomendada para gestantes. Recomenda-se que as mulheres planejem a gestação após completarem o esquema vacinal, se for o caso. A prevenção, nesse contexto, deve ser focada em medidas como o uso de repelentes e a eliminação de criadouros de mosquitos.
Existem considerações especiais em relação aos medicamentos que podem ser administrados?
Quanto aos medicamentos, é fundamental evitar o uso de alguns anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno, devido ao risco de complicações. O paracetamol é geralmente considerado mais seguro para aliviar a febre e as dores, mas, como sempre, é essencial consultar o médico para uma orientação personalizada.
Qual mensagem a senhora gostaria de transmitir às tentantes em meio a esse aumento de casos de dengue?
Minha mensagem seria de tranquilidade, mas com atenção. Adotar medidas simples, como uso de repelentes, escolha de roupas adequadas e manutenção de ambientes limpos, pode fazer uma grande diferença na prevenção da dengue. A busca por orientação médica diante de qualquer sintoma é sempre aconselhável. Estamos aqui para garantir uma gestação saudável e segura. A chave é a precaução e a prontidão para buscar assistência médica quando necessário.