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Mulher em Destaque Sábado, 07 de Dezembro de 2024, 14:22 - A | A

Sábado, 07 de Dezembro de 2024, 14h:22 - A | A

RESISTÊNCIA

Maysa Leão questiona resistência masculina ao apoio de mulheres na mesa diretora da câmara de Cuiabá

Segundo ela, os vereadores homens não se sentem à vontade para votar em mulheres, o que estaria prejudicando o avanço de uma chapa 100% feminina

Folha do estado MT

Divulgação

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A vereadora Maysa Leão (Republicanos) trouxe à tona uma discussão sobre questões de gênero no contexto da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá.

Segundo ela, os vereadores homens não se sentem à vontade para votar em mulheres, o que estaria prejudicando o avanço de uma chapa 100% feminina. 

Maysa apontou que a resistência à candidatura de Paula Calil (PL) pode estar relacionada mais ao fato de ela ser mulher do que à sua inexperiência política.

“Porque se o fato fosse a Paula Calil ser uma novata, por que eu não fui citada por esses mesmos homens? Então fica a pergunta: será que o problema é votar numa novata ou é votar numa mulher presidente?”, questionou a vereadora, que já conta com dois anos de experiência legislativa.

A eleição para a Mesa Diretora, marcada para 1º de janeiro, apresenta dois cenários: a chapa liderada por Paula Calil e a chapa de oposição encabeçada por Jefferson Siqueira (PSD).

No entanto, nenhuma das duas formações possui maioria até o momento. Um grupo de cinco vereadores, conhecido como G-5, permanece indeciso.

Maysa defendeu que o avanço da chapa feminina depende de uma reunião ampliada para conquistar o apoio dos parlamentares indecisos.

Ela acredita que é essencial mostrar que os vereadores homens também seriam representados por uma liderança feminina, apesar de reconhecer as dificuldades dessa aceitação.

“Acredito que essa chapa só vai para frente se os homens entenderem que serão representados por ela. É difícil, mas muita gente duvidou da minha eleição e fiquei em segundo lugar. Então, quem sabe? Vamos lutar até o fim”, afirmou.

Paula Calil, que conta com o apoio do prefeito eleito Abílio Brunini (PL), enfrenta resistências na Câmara devido à rejeição de vereadores à interferência do Executivo na eleição da Mesa. 

Por outro lado, Maysa enfatizou que sua candidatura inicial visava promover a presença feminina na presidência, que não é ocupada por uma mulher há mais de duas décadas.

A vereadora também alertou para a necessidade de maior diálogo e planejamento estratégico, criticando uma abordagem improvisada na definição de nomes. 

“Você não pode construir colocando nomes como se fossem peças de um baralho. Precisa de um projeto, e isso só será possível com uma reunião ampliada, como venho pedindo desde o começo”, concluiu.

Com a eleição se aproximando, o debate sobre representação feminina na política ganha destaque, expondo desafios e resistências históricas ainda presentes nos espaços de poder legislativo.




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