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Cuiabá, 21 de Junho de 2025.

Arte e Cultura Sexta-feira, 20 de Junho de 2025, 13:05 - A | A

Sexta-feira, 20 de Junho de 2025, 13h:05 - A | A

Grupo Flor Ribeirinha

Flor Ribeirinha estreia no Festival Mundial de Folclore de Saint Ghislain na Bélgica

Malu Sousa

 

Fotos: Eduardo Slum

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Em sua turnê internacional pela Europa, o grupo Flor Ribeirinha marca a sua participação com apresentações no Festival Mundial de Folclore de Saint Ghislain, que realiza a sua 39ª edição, até o dia 22 de junho, com a presença de delegações da Alemanha, Brasil, Bélgica, Cuba, Itália, Peru, Polonia, Slovaquia e Tailândia.

Conforme o diretor Artístico e coreógrafo, Avinner Augusto, o grupo Flor Ribeirinha retorna à Bélgica com grande entusiasmo para participar de mais uma edição de um dos festivais mais prestigiados da Europa. Segundo ele, a presença do grupo reforça a forte conexão cultural construída ao longo dos anos com o público europeu. “É uma oportunidade ímpar de representar o Brasil por meio da arte, mostrando o vigor e a riqueza das tradições populares brasileiras”, disse ele, informando que o grupo reafirma seu compromisso com a excelência artística e com a promoção da diversidade cultural do país.

Fotos: Eduardo Slum

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Ele frisou que para esta edição, o Flor Ribeirinha preparou um repertório vibrante e cuidadosamente selecionado, que mescla tradição e inovação. As coreografias trazem elementos marcantes da cultura mato-grossense, como o siriri e o cururu, e também percorrem outras regiões do Brasil, incluindo manifestações do nordeste, sudeste e sul.

Foto: Eduardo Slum

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“Cada dança foi coreografada com atenção aos detalhes históricos e estéticos, buscando traduzir com fidelidade e beleza a diversidade cultural brasileira. Figurinos, ritmos e passos foram pensados para encantar e emocionar o público internacional”, assinalou o diretor.

Foto: Eduardo Slum

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Na sua avaliação, o espetáculo tem sido muito bem compreendido e recebido pelo público europeu. A riqueza de ritmos, as cores vibrantes dos figurinos e a energia dos bailarinos despertam grande interesse e emoção. Mesmo com as diferenças linguísticas e culturais, a dança tem um poder universal de comunicação.

Foto: Eduardo Slum

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A variedade de estilos presentes no repertório ajuda a mostrar que o Brasil é um país com múltiplas identidades culturais. Além disso, antes de cada apresentação, são feitas breves contextualizações que ajudam o público a compreender melhor o significado e a origem das danças.

Foto: Eduardo Slum

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Já o diretor Musical, Jeferson Neves, ressalta que estar em turnê com o Flor Ribeirinha é, acima de tudo, a celebração de um trabalho coletivo que começa muito antes do palco. “Junto com meu parceiro Eduardo Santos, vivemos intensamente cada etapa desse processo, desde os arranjos de cada música, que valoriza nossas raízes e dialoga com públicos internacionais, até os ensaios em que cada detalhe é lapidado com muito respeito à nossa tradição”, garantiu.

Foto: Eduardo Slum

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A preparação dos músicos exige dedicação, escuta e uma entrega profunda àquilo que a gente acredita: a força da música como linguagem universal. Segundo ele, a turnê não é só uma conquista artística. É também o resultado do empenho e da paixão de cada músico que carrega no corpo e na voz a identidade do Flor. “Levar nossa arte para além do oceano é emocionante, e mas mais ainda, é ver como ela toca pessoas tão diferentes, em lugares tão distantes. Isso prova que nossa cultura tem voz, tem beleza, tem potência e merece o mundo”, conclui Jeferson.

Foto: Eduardo Slum

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A fundadora e liderança do Flor Ribeirinha, Domingas, Leonor, destacou o Festival como uma grande oportunidade, e considera que a cultura Matogrossense é vista e valorizada, principalmente a dança do Siriri, com o seu expressivo figuro com cores e alegria, que chamam atenção do público. “O nosso carro chefe é o Siriri, que apresentamos. Sempre trouxemos a nossa dança regional com muita determinação. No repertório, destacamos a história, a tradição e a religiosidade do povo ribeirinho e muitos elementos da nossa cultura regional. Nos espetáculos vimos as pessoas vibrando e aplaudindo o que fazemos com tanto carinho no palco”, observou, lembrando que o grupo também apresenta em seu repertório a dança da Moringa, o lambadão, Rasqueado Cuiabano, o frevo, o Boi Bumbá , a dança afro e o Samba.

Foto: Eduardo Slum

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De acordo com a programação, além das apresentações nos palcos do festival, o Flor Ribeirinha participa ativamente das atividades paralelas, como shows em escolas, bailes comunitários e animações culturais em espaços públicos. Essas ações são fundamentais para aproximar ainda mais o público da cultura brasileira, promovendo o intercâmbio direto com crianças, jovens e famílias locais. A turnê inclui além de espetáculos, as oficinas, rodas de conversa e intercâmbios com outros grupos folclóricos, fortalecendo o papel do Flor Ribeirinha como embaixador da cultura brasileira no cenário internacional.

Foto: Eduardo Slum

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O grupo segue com apresentações em outras cidades da Bélgica e da França, em festivais e eventos culturais, até o dia 7 de julho, levando a arte e a tradição cada vez mais longe. O Flor Ribeirinha conta com o apoio do Governo de Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Cultura, e de empresas mantenedoras do trabalho do grupo.

 




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