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Dra. Iratelma Cristiane Martins Mendes

No dia 26 de maio de 2025, a Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais- BPW São Paulo, realizou via plataforma

Google Meet uma palestra de relevância, intitulada "Trabalho Igual, Salário Igual", ministrada pela Dra. Iratelma Cristiane Martins Mendes. O evento on-line foi realizado pela Comissão Direitos da Mulher, que tem como coordenadora a Dra. Ana Paula da Costa Sá e a vice Dra. Andrea Mottola.

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A palestra ocorreu pela plataforma Google Meet

Durante duas horas profissionais e interessados na luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho, receberam informações e debateram sobre o tema, fazendo novas propostas para uma ação dentro do projeto em nível local, já que trata-se de uma campanha nacional e internacional. Um exemplo da Europa foi citado por Iratelma de uma lei que amenizaria o impacto da mulher dos 4 meses da licença maternidade, podendo o pai ter esta garantia quando tiver menor remuneração que a esposa. Com isso não traria prejuízos para a mulher, podendo ser opcional.

A palestra teve como pauta principal a igualdade salarial entre homens e mulheres, abordando a defasagem na aplicação da legislação que garante salários equivalentes para funções semelhantes. A Dra. Iratelma apresentou dados estatísticos que evidenciam a continuidade da desigualdade salarial, especialmente em cargos de liderança, ressaltando a necessidade urgente de ações efetivas.

Outro tema central discutido que a palestrante já não qualifica mais como tripla a jornada da mulher, mas sim quádrupla. Ela destaca a sobrecarga enfrentada pelas mulheres, que acumulam responsabilidades profissionais, domésticas, maternas e sociais, sem respaldo legal adequado. Enfatizou a importância de ampliar a consciência sobre essa questão e a necessidade de políticas que promovam um equilíbrio mais justo.

A intersecção entre gênero e raça também foi abordada, com a apresentação de dados que evidenciam as disparidades de renda e oportunidades entre homens e mulheres, qualificados como da raça negra. A discriminação racial, aliada ao gênero, intensifica as desigualdades no mercado de trabalho.

Inspirando-se em modelos internacionais, a Alemanha que é o berço da campanha Trabalho Igual. Salário Igual, criada pela BPW daquele país, foi apresentada como um exemplo de legislação e fiscalização eficaz em relação à igualdade de direitos trabalhistas. A palestra propôs a adaptação de boas práticas internacionais ao contexto brasileiro, visando fortalecer a proteção dos direitos da mulher.

A discussão também incluiu a sugestão de incluir cláusulas protetivas em contratos pré-nupciais, reconhecendo juridicamente o trabalho doméstico não remunerado e assegurando direitos para mulheres que optam por se dedicar ao lar.

Durante o evento, foram discutidos diversos encaminhamentos. Destacou-se um trabalho de contribuição entre as comissões para um relevante projeto, proposto pela coordenadora da Comissão de Comunicação, Sueli Batista.
Samia Silva Lisboa, Coordenadora Adjunta da Comissão de Captação de Recursos e Membro da Comissão de Direitos da Mulher se prontificou a ser ponte entre a BPW SP e autoridades públicas para ações colaborativas com apoio concreto.
A vice-presidente responsável por projetos, Marly Cimino, encerrou a reunião reafirmando o compromisso da BPW São Paulo em levar adiante a proposta que em linhas gerais será importante para o mapeamento, monitoramento e tomada de decisões, para que a BPW SP atue efetivamente na campanha Trabalho Igual. Trabalho Igual de forma mais abrangente.
A vice-coordenadora de Comunicação, Daniela Cardoso falou também que o trabalho poderia ser amplamente difundido pelas redes sociais, inclusive com impulsionamento pago. A ideia é que a organização realize de forma planejada fóruns periódicos e campanhas no LinkedIn, visando engajar novos apoiadores e promover discussões sobre os direitos da mulher no trabalho.

Com a força de iniciativas como a palestra realizada, que abriu-se para uma escuta e compartilhamento de ideias. a BPW São Paulo buscará não apenas conscientizar, mas também mobilizar a sociedade em prol da igualdade de direitos, reafirmando que trabalho igual deve significar realmente salário igual.