logomarca
Cuiabá, 06 de Dezembro de 2024.

Variedade Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024, 15:12 - A | A

Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024, 15h:12 - A | A

Vício nas redes

Dependência Digital: CONECTADOS OU ISOLADOS?

Divulgação

IMG_7990.jpeg

 

 

Quanto tempo você consegue ficar longe do seu celular? Quantas espiadinhas nas redes sociais você dá por dia? Já esqueceu o celular e se sentiu totalmente perdido? Se você não consegue desligar do mundo virtual, sinto informar: você pode ser um dependente digital. De acordo com uma pesquisa recente, o Brasil é o segundo país onde os usuários passam mais tempo online. E a média diária? 9 horas e 13 minutos. Só em redes sociais, essa média é de 3 horas e 37 minutos.

A psicóloga Amanda Rangel explica as consequências deste transtorno. “A dependência digital está muitas vezes associada a uma necessidade de validação social e ao medo de ficar de fora (FOMO - Fear of Missing Out). Esse medo pode levar as pessoas a ficarem constantemente conectadas, dificultando o descanso mental e o foco em tarefas offline.

Rangel alerta que passar muito tempo navegando no mundo virtual pode afastá-lo do mundo real. “As conexões sociais estão cada vez mais raras, e isso impacta uma característica fundamental do ser humano: a convivência”, explica.

Embora a internet tenha facilitado diversas atividades— como trabalhar remotamente, fazer compras, estudar e explorar novos lugares— cair na armadilha da dependência digital pode ter consequências graves. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a dependência digital como um transtorno, que gera medo e ansiedade. “Para muitas pessoas, ficar longe do celular ou sem conexão é impossível, pois a dependência já se instalou. Além disso, a superexposição às redes sociais pode influenciar a autoestima, com comparações constantes que muitas vezes geram insatisfação com a própria vida”, afirma Amanda.

O vício em checar o celular, mesmo sem notificações, gera ainda mais ansiedade. “Eles cabem em nossas mãos e nos acompanham em todos os momentos, mas não devem ser encarados como uma extensão do nosso corpo”, complementaa psicóloga. Quando essa conexão se torna excessiva, podem surgir crises de ansiedade, pânico e irritabilidade. O indivíduo dependente pode se tornar isolado e, em casos mais graves, desenvolver depressão.

E não são apenas a saúde mental e emocional que são afetadas. A dependência digital também pode impactar nossa saúde física, levando a dores musculares, problemas de visão, distúrbios do sono e sedentarismo.

Amanda Rangel sugere algumas alternativas para minimizar a dependência digital: estabelecer um tempo máximo de uso de telas, reservar momentos para caminhar ao ar livre e ler livros físicos são boas práticas. Além disso, desligar o celular ou computador algumas horas antes de dormir e realizar atividades cotidianas, como comer ou tomar café, sem estar conectado, pode ajudar no tratamento do vício.

 




Comente esta notícia