Após o Dia do Trabalhador, é importante que a sociedade continue refletindo sobre um problema que afeta muitos profissionais: o Burnout. Caracterizado por uma exaustão prolongada devido ao estresse no trabalho, ele é uma questão relevante que merece atenção, pois identificar os sinais e adotar medidas preventivas são essenciais para garantir o bem-estar dos trabalhadores e a produtividade das empresas.
Segundo Ieda Vecchioni, psicóloga, terapeuta com foco no autoconhecimento para a melhoria de relacionamentos pessoais e profissionais e professora do curso de Psicologia da UNINASSAU Rio de Janeiro, o Burnout não se trata apenas de um cansaço físico, mas também psicológico e emocional. Diferente da depressão, essa síndrome está diretamente relacionada ao contexto laboral. "Ela é oriunda do acúmulo de estresse no trabalho. As pessoas não conseguem terminar as coisas e dizem que não têm tempo. É quando você percebe que elas não têm motivação”, explica.
Identificar os sinais pode ser essencial para evitar consequências mais graves. "Às vezes, nos sentimos esgotados, mas o Burnout é um cansaço físico e mental que não acaba. A partir disso, a pessoa começa a não se arrumar e nem se preocupa com isso. É quando os sintomas começam a aparecer. Alguns deles incluem desmotivação, falta de energia, isolamento social e sentimentos de incompetência”, ressalta a psicóloga.
Como forma de tratamento, é imprescindível um cuidado com a saúde mental. Praticar exercícios físicos, reservar tempo para atividades relaxantes, manter uma vida social ativa, estabelecer limites - aprender a dizer não quando necessário -, e buscar apoio profissional são formas de combater o Burnout.
As empresas igualmente desempenham um papel fundamental na prevenção. Promover uma cultura de equilíbrio, oferecer apoio psicológico e reconhecer o esforço dos funcionários são medidas fundamentais para criar um ambiente de trabalho saudável e acolhedor, garantindo o bem-estar dos trabalhadores e fortalecendo sua própria sustentabilidade e sucesso a longo prazo.