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Palavra de Profissional Terça-feira, 04 de Junho de 2024, 14:18 - A | A

Terça-feira, 04 de Junho de 2024, 14h:18 - A | A

gravidez

“E o filho? Quando vem?”: a dor silenciosa de muitos casais que lutam para engravidar

Especialista destaca a importância do apoio empático de familiares e amigos e explica as opções de tratamento disponíveis 

Divulgação

Crédito Victor Ataíde 13.jpg

 

"E o filho? Quando vem?" Uma pergunta que parece inocente, feita de forma recorrente por familiares e amigos, pode causar uma dor profunda em casais que sonham em ter filhos, mas não conseguem. A dificuldade de engravidar é uma realidade mais comum do que muitos imaginam, afetando milhões de pessoas em idade reprodutiva. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é um problema de saúde global que afeta 48 milhões de casais e 186 milhões de pessoas, 15% da população mundial. No Brasil, cerca de 8 milhões de indivíduos podem ser inférteis, conforme a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

“É importante entender que, se um casal interrompe o uso de métodos contraceptivos por decidir engravidar, mas isso não ocorre de forma natural (em 12 meses, para mulheres com menos de 35 anos ou 6 meses, para mulheres acima dessa idade), é preciso procurar ajuda especializada”, aconselha Claudia Navarro, médica especialista em reprodução assistida e diretora da Life Search.

Ajuda especializada

Ao buscar ajuda especializada, uma investigação mais apurada será feita, a fim de compreender os fatores que possam estar impedindo a gestação. "O primeiro passo é entender que cada caso é único, e que existem diversas opções disponíveis para ajudar os casais a realizarem o sonho de serem pais", tranquiliza Navarro. "Mesmo que o caminho possa parecer longo e desafiador, é importante lembrar que estamos aqui para apoiar e oferecer as melhores alternativas de tratamento", complementa.

 

O ponto de partida para a investigação de infertilidade é uma história clínica detalhada do casal. Históricos de infecções, cirurgias ou anovulação podem apontar causas possíveis. Exames laboratoriais, como dosagens hormonais e espermograma, seguidos por exames ultrassonográficos e radiológicos, são fundamentais para avaliar o útero, ovários e trompas e também a possibilidade de um fator masculino. 

Após o diagnóstico, há diversas técnicas que podem auxiliar o casal. "Cada etapa do tratamento é cuidadosamente planejada e executada com o objetivo de proporcionar as melhores chances de sucesso", explica Navarro. "O mais importante é que o processo seja conduzido por um especialista e com empatia e compreensão, para que o casal se sinta apoiado e confiante."

Tratamentos Disponíveis

Os tratamentos variam de acordo com a causa da infertilidade. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que aproximadamente 40% dos casos estão relacionados ao homem, 40% à mulher, e o restante envolve ambos os parceiros ou não apresenta causa conhecida. Para casos mais simples, técnicas como indução da ovulação e inseminação intrauterina podem ser eficazes. Para casos mais complexos, a fertilização in vitro (FIV) está  entre as opções viáveis, que consiste na fecundação realizada em laboratório e transferência dos embriões formados para o útero.

"A busca por tratamento e o acompanhamento especializado podem transformar a jornada de muitos casais, trazendo esperança e novas possibilidades de concepção. Nesse processo, é fundamental que familiares e amigos exerçam empatia, evitando perguntas e questionamentos invasivos. Quem decide o que compartilhar e com quem compartilhar é o casal. Com compreensão e apoio, juntos podemos tornar essa caminhada mais leve e cheia de esperança," conclui Navarro.

 

Sobre Cláudia Navarro:

Cláudia Navarro é especialista em reprodução assistida. Graduada em Medicina pela UFMG, titulou-se Mestre e Doutora em Medicina (obstetrícia e ginecologia) pela instituição federal. Trabalhou  no laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da UFMG – HC., por 25 anos, desde a sua fundação. Além de trabalhar na assistência de pacientes, Dra. Claúdia sempre teve importante participação nas entidades médicas, tendo sido a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente na Associação de Obstetras e Ginecologistas de Minas Gerais (SOGIMIG) e no Conselho Regional de Medicina (CRM-MG). 

Atualmente, a médica se dedica integralmente ao atendimento de suas pacientes na área de reprodução humana na Life Search, trabalhando principalmente os seguintes temas: infertilidade, reprodução assistida, doação e congelamento de gametas.   

 




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