Apesar dos avanços na luta por igualdade de gênero, a disparidade salarial entre homens e mulheres persiste em diversos setores no Brasil e no mundo. Dados recentes do IBGE mostram que as mulheres brasileiras ganham, em média, 22% a menos que os homens, mesmo ocupando posições equivalentes.
O problema é multifacetado e inclui desde preconceitos culturais até a falta de políticas que incentivem a equidade no ambiente de trabalho. Especialistas também apontam a sobrecarga com tarefas domésticas e cuidados familiares como um dos fatores que limitam o crescimento profissional das mulheres.
Por que isso ainda acontece?
Segundo a economista Mariana Alves, a desigualdade salarial está enraizada em padrões históricos. “Muitas vezes, as mulheres não são consideradas para cargos de liderança, mesmo quando possuem as mesmas ou até mais qualificações do que seus colegas homens. Além disso, setores tradicionalmente ocupados por mulheres, como educação e saúde, tendem a ter salários mais baixos”, explica.
A advogada trabalhista Camila Nogueira alerta sobre outro aspecto: a falta de transparência nas empresas. “Quando os salários não são divulgados de forma clara, é mais fácil que essas diferenças sejam mantidas”, diz.
Como mudar o cenário?
Para diminuir a disparidade salarial, especialistas sugerem medidas como:
•Políticas de equidade: Empresas podem adotar metas de contratação e promoção de mulheres.
•Transparência salarial: Divulgar faixas salariais estimula a igualdade.
•Divisão de tarefas familiares: É essencial que homens assumam responsabilidades iguais no cuidado com a casa e os filhos.
A luta por igualdade salarial não é apenas uma questão de justiça, mas também de economia: segundo o Fórum Econômico Mundial, a paridade de gênero no mercado de trabalho poderia adicionar até 26% ao PIB global. É um tema que interessa a toda a sociedade e exige comprometimento coletivo para avançar.