Divulgação

 

Quando se trata de estética corporal, poucos dilemas são tão comuns quanto as “gordurinhas indesejadas” no abdômen. Mesmo com atividade física regular e alimentação balanceada, muitos brasileiros se veem presos a uma batalha diária com aquela barriguinha que insiste em permanecer. A cirurgia plástica surge, então, como uma aliada, principalmente a lipoaspiração — um dos procedimentos mais procurados no país.

Só em 2023, o Brasil realizou uma média de 594 lipoaspirações por dia, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps). O número mostra que o cenário da busca por contornos mais definidos é um desejo comum entre os brasileiros. Mas junto com essa busca, não raramente, vem a pergunta: será que é necessário emagrecer antes de se submeter a uma cirurgia plástica abdominal?

Essa dúvida, segundo o cirurgião plástico Guilherme Ribeiro, da Clínica Fibonacci, é válida e a resposta mais complexa do que parece. “Não existe uma verdade absoluta. Mais do que focar no peso ideal, o planejamento cirúrgico precisa respeitar a saúde, a segurança e a individualidade de cada paciente”, explica ele. Cada corpo tem sua própria história, e é ela que deve ditar o melhor caminho e a necessidade ou não do emagrecimento.

Emagrecer ou não antes da cirurgia?
O especialista defende que operar próximo ao peso final desejado é o ideal, mas isso não significa perseguir obsessivamente um número na balança. Para ele, pequenas oscilações de peso antes ou depois do procedimento costumam ser bem toleradas. No entanto, emagrecer em excesso pode gerar um efeito colateral indesejado.

“O emagrecimento desmedido pode gerar flacidez em áreas que não apresentavam esse problema antes, o que compromete o resultado global. Por outro lado, uma perda de peso saudável pode influenciar, de forma positiva, na segurança do procedimento”, explica.

Benefícios do emagrecimento pré-cirúrgica
Perder peso antes de uma cirurgia corporal traz vantagens importantes, que vão muito além do que é visível no espelho. O cirurgião explica que procedimentos como a abdominoplastia, que visa remover o excesso de pele, se beneficiam diretamente da perda de gordura antes da operação. Já na lipoaspiração, o emagrecimento pode ajudar a definir melhor os contornos do corpo.

“Além dos benefícios estéticos, o emagrecimento pré-operatório também melhora a segurança da cirurgia. Reduzir a gordura visceral, diminuir o tamanho do fígado e melhorar exames bioquímicos são fatores que diminuem os riscos e podem até encurtar o tempo de hospitalização”, reforça.

Cirurgia e emagrecimento: complementos, não substitutos
Seja qual for o procedimento escolhido, é fundamental entender que a cirurgia não substitui a perda de peso, nem resolve problemas relacionados à obesidade.

“A cirurgia corporal tem o objetivo de harmonizar contornos e melhorar áreas específicas, mas o cuidado com o peso deve vir de mudanças sustentáveis no estilo de vida”, reforça Guilherme Ribeiro.

Transformação começa na decisão

Toda mudança começa com um ponto de partida, e para o especialista, ele não é na mesa de cirurgia.

“Antes de qualquer procedimento cirúrgico, ou até mesmo de definir um médico, a pessoa precisa decidir olhar para si próprio com cuidado e respeito. Para estar apto para operar, o paciente precisa compreender que o segredo para um resultado harmonioso e duradouro está no equilíbrio entre o que ele espera e o que seu corpo pode oferecer”, afirma.

Para o médico, a verdadeira transformação vai muito além da cirurgia ou de vestir 36 ou 38: “O peso ideal não é um número na balança. É o equilíbrio entre saúde, segurança e autoestima. Cada paciente tem sua jornada, e isso torna cada resultado único”, finaliza.

Sobre Guilherme Ribeiro

Guilherme Ribeiro é cirurgião plástico, formado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Com ampla experiência, possui residências em Cirurgia Geral e Plástica nas renomadas instituições Santa Casa de Misericórdia de Minas Gerais e no Hospital das Clínicas da UFMG. Atualmente, integra o corpo clínico da Clínica Fibonacci e é reconhecido pelo atendimento de excelência, pautado pela ética e um compromisso profundo com as individualidades de cada paciente.