O grupo Flor Ribeirinha, encerrou sua turnê internacional pela Europa, passando por grandes Festivais de Folclore na Bélgica e na França. A última apresentação foi realizada em um cenário deslumbrante, na praça da histórica Torre Eiffel, onde concentra um grande público de turistas e visitantes da cidade Luz, neste período do verão europeu. A turnê foi encerrada em Paris no dia 7 de julho, com a apresentação do Siriri, que chamou muita atenção pelas cores vibrantes dos figurinos, a energia dos dançarinos e músicos, que encantaram o público presente.
Durante a turnê, o Flor Ribeirinha se apresentou em muitos palcos com o repertório completo de música e danças do Siriri, São Gonçalo, Moringa, Pescadores, Rasqueado Cuiabano, Lambadão, Frevo, Samba, Forró, Afro, Canto das Três Raças, Peles Vermelhas e o Boi Bumbá. Antes de cada apresentação, foram feitas breves contextualizações que ajudaram o público a compreender o significado e a origem das danças.
Antes de chegar a Paris, o grupo encerrou a sua participação no Festival de Saint-Malo, cidade portuária, conhecida por seu centro histórico com muralhas medievais, próximo ao porto Saint-Vincent, na Costa Esmeralda do Canal da Mancha. O Festival Internacional de Folclore Dances du Monde, reuniu as delegações do Brasil, Peru, Polônia, Bretanha e Irlanda.
Além dos palcos, o Flor Ribeirinha mostrou a sua arte em praças, escolas, abrigos e também em desfiles por avenidas principais das cidades, como parte da programação dos Festivais de Folclore, atraindo muitas pessoas. Mesmo com as diferenças linguísticas e culturais, a dança tem um poder universal de comunicação. O repertório do Flor Ribeirinha com as danças tradicionais das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro Oeste, mostrou que o Brasil é um país com múltiplas identidades culturais.
O diretor Artístico e coreógrafo, Avinner Augusto frisou que o Flor Ribeirinha preparou para a turnê, um repertório cuidadosamente selecionado, que mesclou tradição e inovação. Na sua avaliação, o grupo reafirmou o seu compromisso com a excelência artística e com a promoção da diversidade cultural do país, mostrando toda a riqueza das tradições populares brasileiras. “Apresentar a nossa arte na Europa, foi muito emocionante, e vimos como a beleza da cultura brasileira mexeu com as emoções das pessoas em lugares tão distantes, pois a dança é universal”, concluiu.
Para o coreógrafo Miro-Altamiro Barcelos, que acompanhou o grupo na turnê, informou que a preparação dos dançarinos exigiu muita dedicação e disciplina, com inúmeros ensaios no quintal, em São Gonçalo Beira Rio. “O empenho de cada pessoa que carrega a identidade do grupo, foi fundamental. A turnê representou uma grande conquista artística para os integrantes do grupo. Todo o trabalho na Europa gerou um resultado surpreendente” assegurou o coreógrafo.
A fundadora do Flor Ribeirinha, Domingas, Leonor, destacou que a turnê foi uma grande oportunidade para mostrar que a cultura brasileira é vista e valorizada, principalmente a de Mato Grosso. “O Siriri sempre será o nosso carro-chefe. As saias rodadas, o ritmo frenético da dança e o repertório musical chamaram muita atenção. Através do Siriri, destacamos a história, a tradição e a religiosidade do nosso povo ribeirinho. Apresentamos nos palcos, a nossa tradição com muito carinho e alegria”, disse ela, emocionada.
A realização da turnê contou com o apoio do Governo de Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Cultura, e de empresas mantenedoras do trabalho do grupo Flor Ribeirinha.