Divulgação

 

“Juntas realmente a gente é mais forte e pode mais.” Essa é a convicção de Tânia Alves da Silva, professora e autora de literatura infantil, que sintetiza o espírito do Escreva, Garota! (@escrevagarota), projeto formado por cerca de 250 mulheres que escrevem no mercado editorial e que, há mais de cinco anos, vem fortalecendo a carreira literária feminina no Brasil. Mais do que ocupar espaço, o grupo fomenta educação, capacitação e a inserção das mulheres no cenário editorial, por meio de formação contínua, redes de apoio e visibilidade em eventos literários de destaque.

Fundado e coordenado pela escritora e produtora cultural brasiliense Lella Malta (@lellamalta), o Escreva, Garota! é um grupo de apoio, engajamento e capacitação continuada para mulheres que escrevem, dedicado a fomentar o protagonismo feminino no mercado literário.

Formação, apoio coletivo e o desafio de empreender como mulher na literatura

Desde a fundação, o projeto oferece oficinas, mentorias e rodas de conversa voltadas ao desenvolvimento da escrita, ao planejamento de carreira e ao conhecimento do mercado editorial. A cooperação entre as autoras é um dos pilares para fortalecer a trajetória de cada participante.

Ao se inscrever no grupo, as escritoras participam de encontros online, ao vivo e exclusivos com grandes nomes da literatura nacional, como Aline Bei, Carla Madeira, Socorro Acioli, Daniela Arbex e Taylane Cruz, entre outras. A programação, que aborda temas relacionados à escrita e ao empreendedorismo no mercado editorial, é renovada mensalmente e está disponível no perfil do projeto no Instagram (@escrevagarota).

Divulgação

 

Além disso, o Escreva, Garota! promove pitchs com editoras, produtoras de audiovisual e mentoras renomadas; grupos de acolhimento e escuta com psicólogas que também escrevem; um clube de leitura exclusivo dedicado a obras escritas por mulheres; uma rede de engajamento para divulgação do trabalho individual; descontos exclusivos com parceiros do grupo, como gráficas, revisoras e assessorias de comunicação; e um grupo de WhatsApp com clipping constante de concursos e eventos literários nacionais e internacionais.

Analu Leite, autora de romances e servidora pública, encontrou no grupo não apenas uma porta de entrada para grandes eventos, mas também um espaço de acolhimento e aprendizado. Segundo ela, o Escreva, Garota! ampliou sua compreensão prática do mercado e sua inserção no setor editorial. Ela vê o crescimento em grupo como fundamental para sua trajetória.

Já Tânia Alves, que ingressou no projeto em 2022, enxerga o grupo como uma rede de apoio emocional e profissional, que traz segurança para enfrentar a jornada literária: “Ter o apoio de outras mulheres é saber que não estou sozinha e que esta jornada não precisa ser solitária.” O grupo representa um espaço de pertencimento, troca e valorização do trabalho feminino. Analu destaca que, ao compartilhar experiências, sentiu-se parte de uma comunidade inspiradora que a motivou a seguir adiante. Tânia enfatiza que o reconhecimento e o apoio das outras autoras transformaram sua forma de olhar para a própria escrita, fazendo com que ela continuasse “com muita mais convicção e paixão nesta jornada.”

Flavia Camargo, advogada e escritora, relata que, mesmo já tendo cinco livros publicados antes de entrar no grupo, foi participando dos encontros do Escreva, Garota! que ela ganhou “mais confiança no meu valor” e aprimorou sua visão sobre a carreira. Para as integrantes do grupo, empreender na literatura ainda é um desafio, especialmente em um mercado predominantemente masculino  branco e que funciona basicamente no eixo Rio-São Paulo. Analu Leite observa que para as autoras, escrever é um ato de insurreição e rebeldia, e as conquistas vêm mesmo em meio a muitos obstáculos. Tânia Alves reforça que escrever sendo mulher e negra demanda um esforço ainda maior, e que espaços como o Escreva, Garota! são fundamentais para essa representatividade.

Carola Ponto, professora universitária e escritora, ressalta que o Escreva, Garota! foi fundamental para o amadurecimento de sua escrita e para a organização do seu primeiro livro de contos autoficcionais, lançado na FLIP em 2023. Para ela, oprojeto é essencial em todas as etapas, desde o despertar da escrita criativa até as etapas de trabalho de divulgação e vendas. Na Bienal do Rio, ela lançará sua nova série de contos eróticos ilustrados e afirma: “Lançar Carola com tesão na Bienal será uma honra, uma oportunidade única de me relacionar com um público autêntico e orgânico e ainda presenciar lançamentos e falas de ícones mundiais da literatura como Chimamanda NgoziAdichie.”

Escreva, Garota! na Bienal do Livro do Rio

O projeto chega à Bienal do Livro do Rio com mais de 100 autoras de todas as regiões do país, mostrando que, como afirma a fundadora Lella Malta, “quando mulheres escrevem e publicam, não apenas ocupam espaço, transformam o cenário literário.” Ela destaca que o grupo vai além da visibilidade, pois “investimos na formação dessas mulheres, oferecendo capacitação continuada e uma poderosa rede de apoio e networking.”

Além das sessões de autógrafos e venda de livros, o projeto terá espaço para contação de histórias, oficinas, palestras e bate-papos, ampliando a experiência literária e fortalecendo a diversidade no evento.

Flavia Camargo descreve a experiência do lançamento na Bienal do Rio como “inesquecível,” reforçando a importância do grupo para sua trajetória. Além da Bienal, o projeto abriu portas em eventos como a Feira do Livro de São Paulo e a FLIP, além de permitir que ela lançasse seu sexto e agora seu sétimo livro com mais segurança.

Presença em grandes eventos e novos projetos

O Escreva, Garota! já confirmou presença em eventos importantes ao longo de 2025: