Braços que balançam com o movimento? Para muitos, esse detalhe vira motivo de vergonha. Mangas longas viram aliadas, mas no calor escaldante do verão, o desconforto se impõe. E é nessa hora que, algumas pessoas, passam a considerar a ideia de uma cirurgia plástica. Mas será mesmo que a solução está no bisturi? Para entender as possibilidades, conversamos com o cirurgião plástico Guilherme Ribeiro.
De acordo com o especialista, é comum que, com o tempo, os braços se tornem fonte de incômodo estético. "O excesso de gordura localizada e a flacidez podem ser consequências naturais do envelhecimento, de oscilações de peso ou até mesmo de perda significativa de massa muscular após uma cirurgia bariátrica", explica Ribeiro. "Mudanças drásticas, especialmente rápidas, tendem a causar desconforto."
Quando a lipoaspiração é suficiente
Para quem enfrenta apenas o acúmulo de gordura, sem pele excessiva, a lipoaspiração pode ser uma aliada eficiente. "Se não há pele solta, a lipo é uma ótima opção. Tecnologias como laser ajudam a melhorar a retração da pele, mas não resolvem casos mais avançados de flacidez", pontua o cirurgião.
E quando há flacidez
Nos casos em que a pele já perdeu firmeza, a retirada torna-se necessária. "Para flacidez leve, podemos usar cortes menores, restritos à região da axila. Já em situações moderadas, os cortes se estendem um pouco mais pelo braço. E, em casos severos, especialmente após grandes perdas de peso, o corte pode atingir toda a face interna do braço", detalha Ribeiro.
Nesses casos, o cirurgião destaca que o planejamento cuidadoso pode ajudar a posicionar as cicatrizes em regiões menos visíveis: “Com o braço fechado, elas ficam discretas e só aparecem ao levantá-los”.
Novas tecnologias
Ainda que novas tecnologias como laser e radiofrequência ofereçam ganhos significativos na qualidade da pele, elas não substituem a necessidade de retirada de pele nos casos mais graves. Ribeiro alerta: "Muitas pacientes ainda esperam uma solução sem cortes para flacidez acentuada, mas é importante ser realista e não alimentar falsas expectativas. A cirurgia continua sendo a abordagem mais eficaz para esses casos."
Cuidados pós-operatórios
Para que os resultados sejam duradouros, o especialista reforça a importância do pós-operatório. Hidratação, malhas compressivas e acompanhamento médico são indispensáveis. "Manter hábitos saudáveis, como boa alimentação e prática de exercícios, também ajudam a prolongar os efeitos", destaca Ribeiro.
Autoestima além do bisturi
Mas será que basta operar para se sentir bem? Ribeiro acredita que não. "A cirurgia é uma ferramenta, mas o resgate da autoestima vai além disso. Envolve ressignificar e enxergar beleza no próprio corpo", afirma. Para ele, olhar para si com mais gentileza e admiração é parte essencial do processo.
Quando considerar a cirurgia plástica
A decisão por uma cirurgia plástica nos braços deve ser tomada com base em expectativas realistas e após orientação de um profissional qualificado.
“A escolha do procedimento certo depende dos objetivos individuais de cada paciente e do grau de flacidez e gordura. É preciso olhar para a saúde e a individualidade de cada pessoa atendida, e só dessa forma, definir se e qual a melhor intervenção a ser considerada”, explica Ribeiro.
E, como ele reforça, o caminho para se sentir bem consigo pode começar no consultório, mas nunca deve terminar ali.
Sobre Guilherme Ribeiro
Guilherme Ribeiro é cirurgião plástico, formado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Com ampla experiência, possui residências em Cirurgia Geral e Plástica nas renomadas instituições Santa Casa de Misericórdia de Minas Gerais e no Hospital das Clínicas da UFMG. Atualmente, integra o corpo clínico da Clínica Fibonacci e é reconhecido pelo atendimento de excelência, pautado pela ética e um compromisso profundo com as individualidades de cada paciente.