Na conversa, ela conta mais disso e de outros assuntos, como as coisas simples e rotineiras da vida, que ama fazer: cinema, literatura e poesia, paixões desde a juventude. Também aborda sua discreta relação com as redes sociais, os desafios de criar os filhos, a condição de “estrangeira” e sua relação com a moda. Confira alguns destaques a seguir.
Divulgação
FOTOS – REVISTA CIDADE JARDIM
Fotos RICARDO ABRAHÃO
Edição de moda PATRICIA TREMBLAIS
Beleza ALAN LEAL e ERICA MONTEIRO
SOBRE SER ESTRANGEIRA
“Não sou francesa, moro aqui, falo a língua, procuro me integrar, mas sou uma estrangeira. É diferente. Acho que esse exercício de pensar em quem são os estrangeiros que estão fazendo coisas no nosso cinema, teatro e televisão é ideal para a gente entender que não é uma coisa óbvia. É desafiador e fascinante ao mesmo tempo, porque tenho a oportunidade de aprender muito.”
SOBRE OS DESAFIOS DE “G.H.”
“Para um filme como esse, você precisa de uma vida, de experiência, de vivência. Um ponto importante é que é um antifilme, é a anti-interpretação porque, como atriz, você constrói personas que tira da própria vida e que vai reproduzir. Porém, a G.H. é uma personagem que passa por uma despersonalização, por uma via-crúcis em que vai tirando todas as máscaras. Eu nunca tinha feito isso.”
SOBRE SUAS PAIXÕES
“Tenho paixão pelo cinema, pela literatura, pela poesia, e isso me acompanha desde pequena. Essa sou eu, é o que me move. Encontro muito prazer nas artes, na própria produção cultural das sociedades.”
SOBRE PARIS
“Paris tem uma efervescência cultural muito grande e gosto de ir às exposições, aos museus, ao cinema. E tenho sempre uma leitura. Agora quero voltar a me dedicar à atividade física, voltar à dança. Gosto de dança de salão, de flamenco, gosto de estar sempre fazendo alguma coisa.”
SOBRE SER MÃE DE MENINOS
“O desafio é ensinar que a vida não se baseia só em competição. Que a aceitação das nossas vulnerabilidades e das dos outros pode ser uma grande alternativa para a existência humana. Gostaria que eles soubessem que o sentido da vida, desde tarefas domésticas simples até a organização de uma cidade ou de um país, passa por essas grandes decisões sobre temas como as mudanças climáticas, a sustentabilidade, por pensar o mundo como um grande coletivo. Espero que eles descubram a grande alegria da empatia e da conexão verdadeira com o outro. Se eu conseguir ensinar isso, ou parte disso, já ficarei feliz.