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Palavra de Profissional Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 06:37 - A | A

Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 06h:37 - A | A

Desafios

Geração Z na educação: Desafios e estratégias para uma aprendizagem personalizada

Divulgação

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A Geração Z apresenta características distintas em relação à maneira de aprender e interagir com o mundo. O fato de serem nativos digitais e viverem em um mundo cada vez mais conectado os torna diferentes das gerações anteriores, o que representa um desafio para os gestores educacionais atraírem esse público e para as instituições de educação proporem uma aprendizagem personalizada.
 

Uma pesquisa recente da McKinsey & Company apontou que essa geração valoriza a personalização e a relevância contextual, o que influencia diretamente sua forma de aprendizagem. Eles não se adaptam mais a métodos tradicionais. Diante desse cenário, os gestores educacionais precisam ajustar suas abordagens para atrair e envolver esses estudantes, incorporando novas tecnologias e metodologias pedagógicas.
 

O papel da tecnologia para uma aprendizagem personalizada
 

A integração de tecnologias modernas é fundamental para envolver a Geração Z no processo de aprendizagem. Segundo o “VII Estudo Global sobre o uso da tecnologia na educação”, realizado pela BlinkLearning, 80% dos professores acreditam que a tecnologia melhora a motivação dos estudantes, tornando os conteúdos mais atrativos por meio de recursos dinâmicos e envolventes. Plataformas interativas, realidade aumentada e virtual e ferramentas de Inteligência Artificial (IA) são algumas das inovações que podem ser incorporadas ao ambiente educacional para torná-lo mais atrativo.
 

Para a Geração Z, a gamificação se tornou uma ferramenta essencial para tornar o processo de aprendizagem mais envolvente. Esse modelo consiste na aplicação de elementos e mecânicas de jogos em contextos não lúdicos, como a educação, com o intuito de motivar, engajar e preparar os estudantes de maneira eficaz. Transformando a aprendizagem em uma experiência semelhante a um jogo, os estudantes são estimulados a participar ativamente, competir de maneira saudável e colaborar para alcançar objetivos educacionais.
 

Essa abordagem inovadora não apenas atrai a atenção da Geração Z, mas também facilita a absorção do conteúdo, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades essenciais para os dias atuais. A integração de tecnologias modernas e da gamificação no ambiente de aprendizagem representa uma estratégia eficaz para preparar os estudantes para os desafios do futuro.
 

Atividades extracurriculares e projetos práticos
 

Para estimular o interesse da Geração Z, é vital oferecer atividades extracurriculares que estejam alinhadas com suas aspirações e interesses. Hackathons, por exemplo, desafiam os estudantes a criar soluções inovadoras para problemas reais, desenvolvendo habilidades técnicas, promovendo o trabalho em equipe e incentivando a resolução de problemas.

Outro exemplo são as iniciativas de criptomoedas internas, que valorizam ou desvalorizam conforme o desempenho dos estudantes em projetos sociais e resolução de problemas. Esse tipo de abordagem incentiva a participação ativa e o engajamento contínuo, ao mesmo tempo que prepara os estudantes para desafios do mundo real.

Além disso, é essencial que o ambiente seja flexível e adaptável, proporcionando oportunidades para a exploração e a inovação. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio da criação de espaços makers, onde os estudantes podem trabalhar em projetos práticos que combinam diversas áreas do conhecimento. Outro exemplo são os ambientes que integrem o físico e o digital, como hubs tecnológicos, que podem proporcionar experiências de aprendizagem mais ricas e variadas. 

É inegável que a chegada da Geração Z está transformando os modelos de aprendizagem. Por isto, é fundamental que, para atrair e engajar esses estudantes, os gestores educacionais criem estratégias assertivas e modelos inovadores, como a adoção de tecnologias modernas, a implementação da gamificação e a oferta de atividades práticas, promovendo assim uma aprendizagem personalizada.


Felipe Perdigão é Diretor Pedagógico da unidade de Muriaé da Rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional sociointeracionista e alinhada às principais tendências do mercado de educação.




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