Marta . 02-07-2021 11:49hs
Na torcida por Amini
Cuiabá - MT, 27-05-2022 às 19:04
O presidente Jair Bolsonaro poderá marcar sua carreira com um ato muito positivo, nomear uma mulher para o Supremo Tribunal Federal, na vaga aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
Publicado em: 02-07-2021 02:04hs | Fonte: Virada Feminina .
Amini Haddad Campos | Creditos: Divulgação
O Movimento Nacional “Virada Feminina” indicou, nesta semana, a Juíza de Direito Amini Haddad Campos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, ao Supremo Tribunal Federal, na vaga aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, a nomeação do novo nome pode ocorrer ainda neste mês. Amini é a única representante feminina na disputa.
Já tem uma movimentação de organizações que defendem os direitos e o empoderamento feminino na articulação. A Associação de Mulheres de Negócios e Profisdionais-BPW Cuiabá, que integra os Conselhos Estadual e Municipal dos Direitos da Mulher, encaminhou assim que soube, uma solicitação em nível nacional, para a presidehte e coordenação do Comitê do Direito da Mulher da ONG Feminina, a BPW Brasil, sendo que a organização tem assento no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher-CNDM para que reforce o apoio local. Amini Haddad Campos já recebeu o maior mérito da BPW Cuiabá, entregue anualmente para apenas uma mulher e, é muito parceira de suas ações.
No ofício assinado por Marta Lívia Suplicy, Presidente Nacional da LIBRA - Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil e entregue ao presidente da República, Jair Bolsonaro, foram elencados que a meritocracia, a honradez e a probidade, que o chefe de Estado defende para o cargo, encontra-se no “manto virtuoso e currículo destacado” da magistrada mato-grossense.
Destacou-se que Amini Haddad Campos vem cumprir todas as qualidades imprescindíveis, exigidas ao cargo, além de ser um nome independente (sem vínculo ou parentesco político) e comprometido, desde 1999, com o combate à violência contra a Mulher. “De igual modo, a referida Magistrada desenvolve trabalhos de valorização da educação, de resgate de valores nas escolas, de proteção à infância e juventude, bem como de combate ao tráfico e dependência química (Programa Justiça em Estações Terapêuticas e Preventivas”.
No documento a ação voluntária e perspectiva cidadã, da juíza apresentada, também foram realçados e falou-se do “direcionado à Defesa dos Direitos Humanos de Meninas e Mulheres, bem como à equânime participação e voz destas, em todas as esferas de Poder e de gestão, como instrumental à consagração da Democracia e do Estado de Direito na República Federativa do Brasil, sob fiel observância da equidade entre homens e mulheres” .
Quando me disseram "vamos indicar o seu nome, pela sua história, preparo, ação comunitária e currículo", fiquei imaginando se era real...
Minha vida sempre foi pautada em trabalho, portanto, independentemente do resultado continuarei fazendo o que sempre fiz: atuar com dedicação, zelo e amor. Onde quer que eu esteja.
Sei que é difícil às mulheres romperem com a evidência simbólica dessa comum ausência do feminino.
Mas, é imprescindível que as mulheres, pelo mérito de suas histórias e dedicação, possam ocupar esses espaços.
Assim, as meninas irão crescer com a ideia "eu também posso". "Esse espaço também é legítimo para mim... para o feminino." (Há estudos sérios inclusive promovidos pela Universidade de Harvard, nesse sentido).
Há pesquisas atuais que falam sobre esses efeitos simbólicos na vida, na realidade das escolhas (permissão ou não).
Infelizmente, as propagandas comumente informam o espaço doméstico ao feminino (material de limpeza, produtos de casa, cuidados com os filhos), com imagens de mulheres atreladas a esse modelo.
As mulheres têm muito a contribuir para o social, humano, justiça, gestão, etc.
A minha presença, ainda que seja somente para servir de uma apresentação feita, vem cumprir esse papel simbólico de dar legitimidade às mulheres.
Competência não falta ao universo feminino.
Caso alcance, pela graça de Deus essa vitória, farei o meu melhor, sempre.
Amini Haddad Campos- Juíza de Direito-TJ/MT. Professora Efetiva da FD-UFMT. Coordenadora do Núcleo de Estudos Científicos sobre as Vulnerabilidades - NEVU/FD-UFMT. Doutora em Processo Civil (Efetividade do Direito), pela PUC-SP. Doutora em Direitos Humanos e Gênero pela Universidade Católica de Santa Fe. Mestre em Direito Constitucional pela PUC-RJ. Em Pós-doutoramento pela Universidad Salamanca-ES. Detém estágio e extensão no International Judicial Training Program in Judicial Administration - University of Georgia, Athens-USA. Escritora e Poetisa, com publicações nacional e internacionalmente. Membro da Academia Mato-Grossense de Letras (cadeira 39), da Academia de Magistrados, da Academia Internacional de Cultura e da International Association of Women Judges-IAWJ. É a atual Vice-presidente da Academia Mato-Grossense de Direito.
Trata-se de um movimento de ação voluntária e perspectiva cidadã, direcionado à Defesa dos Direitos Humanos de Meninas e Mulheres, bem como à equânime participação e voz destas, em todas as esferas de Poder e de gestão, como instrumental à consagração da Democracia e do Estado de Direito na República Federativa do Brasil, sob fiel observância da equidade entre homens e mulheres.
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